Eu sou uma pessoa muito pragmática e gosto de desmistificar crenças. Não gosto de rótulos, em nenhuma vertente, e gosto ao mesmo tempo de chamar as coisas pelo seu nome próprio e não com alcunhas. Afinal, eu venho da ciência e vivo da energia. E é aqui que quero trazer a reflexão.
Todos somos energia, à luz da ciência, e, no entanto, quando falamos de energia em contextos terapêuticos emocionais há imediatamente, mesmo que inconsciente, um rótulo “esotérico”, que eu acredito ser por desconhecimento, e medo do desconhecido, que em verdade é apenas ciência em movimento.
Quando temos demasiadas certezas de como o mundo se move, e do que necessita, e não nos abrimos à coragem de abrandar para escutar e honrar como realmente o (nosso) mundo é, tendemos a nos tornar arrogantes e ignorantes ao que a experiência da vida nos quer mostrar na rendição de quem somos.
Nikolas Tesla, Thomas Edison, Albert Einstein, entre outros, experimentaram e refletiram nestas mesmas questões, à luz da tão respeitada ciência e eles lançaram “provocações” ao nosso medo do desconhecido.
Eu não falhei. Eu encontrei 10.000 maneiras que não funcionam. Se todos nós fizéssemos as coisas que realmente somos capazes de fazer, literalmente nos espantaríamos.
Thomas Edison
Se já Einstein, que recebeu um prémio Nobel da Física (entre uma lista de outros prémios), dizia que “a verdade é aquilo que resiste ao teste da experiência“, porque será que não aprendemos com isso e nos dispomos à experiência num tubo de ensaio do maior e mais fiável laboratório que é a nossa própria vida?
Eu não sei se o que descobrirei funcionará para mim. Eu não sei se descobrirei algo que amedronte a mim ou aos meus. Também não sei se terei a paciência e confiança até ao fim. Mas o que sei é que sem experimentar jamais saberei.
Tenho anotado um texto, que desconheço o autor, que apela a essa descoberta pela experiência individual:
“Espiritualidade não é negar nada, nem tampouco acrescentar algo. É simplesmente viver conscientemente. Espiritualidade não é acreditar em ídolos, nem tampouco almejar ser salvo, mas sim uma conexão interior que se dá em todos aqueles que retornam à sua natureza de ser, sem tentar manipular emoções, pensamentos e ideias. Espiritualidade consiste somente na prática. Mas não na prática de velhos preceitos religiosos, mas simplesmente em praticar a vida.”
Transformar o sofrimento da ilusão em compaixão pela experiência é um ato de amor próprio e de civismo, pois todos estamos interligados pela energia, e ninguém escapará a essas leis. Todos estudos científicos passam pela descoberta da experiência. Se é tão fácil para nós confiar na medicina e na ciência, porque não fazemos o mesmo connosco no dia-a-dia?
Atrevamo-nos assim a ver a (nossa) vida, as nossas emoções e pensamentos em termos de energia, frequência e vibração. Não há nada de esotérico aqui, apenas experimentação que nos leva a apurar certos sentidos, e até quem sabe desenvolver outros.